segunda-feira, abril 19, 2010


Olá pessoal!
De seis a oito de maio será o lançamento da nova Coleção de Inverno da OLD BOLSAS, no show room do Prado em Belo Horizonte!
rua Rio Negro, 118 no bairro Prado em Belo Horizonte.
telefone para contato: 031- 3334 5070!

sexta-feira, abril 09, 2010


CUIDADO COM OS BURROS MOTIVADOS
(Entrevista com Roberto Shinyashiki)

A revista ISTO É publicou esta entrevista de Camilo Vannuchi. O entrevistado é Roberto Shinyashiki, médico psiquiatra, com Pós-Graduação em administração de empresas pela USP, consultor organizacional e conferencista de renome nacional e internacional.
Em 'Heróis de Verdade', o escritor combate a supervalorização das aparências, diz que falta ao Brasilcompetência, e não auto-estima.

ISTO É - Quem são os heróis de verdade?

Roberto Shinyashiki -- Nossa sociedade ensina que, para ser uma pessoa de sucesso, você precisa ser diretor de uma multinacional, ter carro importado, viajar de primeira classe.
O mundo define que poucas pessoas deram certo.
Isso é uma loucura. Para cada diretor de empresa, há milhares de funcionários que não chegaram a ser gerentes.
E essas pessoas são tratadas como uma multidão de fracassados.
Quando olha para a própria vida, a maioria se convence de que não valeu à pena, porque não conseguiu ter o carro, nem a casa maravilhosa.
Para mim, é importante que o filho da moça que trabalha na minha casa, possa se orgulhar da mãe.
O mundo precisa de pessoas mais simples e transparentes.
Heróis de verdade são aqueles que trabalham para realizar seus projetos de vida, e não para impressionar os outros.
São pessoas que sabem pedir desculpas e admitiram que erraram.

ISTO É -O Sr. citaria exemplos?

Shinyashiki -- Quando eu nasci, minha mãe era empregada doméstica e meu pai, órfão aos sete anos, empregado em uma farmácia.
Morávamos em um bairro miserável em São Vicente (SP) chamado Vila Margarida. Eles são meus heróis.
Conseguiram criar seus quatro filhos, que hoje estão bem.
Acho lindo quando o Cafu põe uma camisa em que está escrito '100% Jardim Irene'.
É pena que a maior parte das pessoas esconda suas raízes.
O resultado é um mundo vítima da depressão, doença que acomete hoje 10% da população americana.
Em países como o Japão, a Suécia e a Noruega, há mais suicídio do que homicídio.
Por que tanta gente se mata?
Parte da culpa está na depressão das aparências, que acomete a mulher, que embora não ame mais o marido, mantém o casamento, ou o homem que passa décadas em um emprego, que não o faz se sentir realizado, mas o faz se sentir seguro.

ISTO É -- Qual o resultado disso?

Shinyashiki -- Paranóia e depressão cada vez mais precoce.
O pai quer preparar o filho para o futuro e mete o menino em aulas de inglês, informática e mandarim. Aos nove ou dez anos a depressão aparece.
A única coisa que prepara uma criança para o futuro, é ela poder ser criança.
Com a desculpa de prepará-los para o futuro, os malucos dos pais estão roubando a infância dos filhos. Essas crianças serão adultos inseguros e terão discursos hipócritas.
Aliás, a hipocrisia já predomina no mundo corporativo.

ISTO É - Por quê?

Shinyashiki -- O mundo corporativo virou um mundo de faz-de-conta, a começar pelo processo de recrutamento.
É contratado o sujeito com mais marketing pessoal.
As corporações valorizam mais a auto-estima do que a competência.
Sou presidente da Editora Gente e entrevistei uma moça que respondia todas as minhas perguntas com uma ou duas palavras.
Disse que ela não parecia demonstrar interesse.
Ela me respondeu estar muito interessada, mas como falava pouco, pediu que eu pesasse o desempenho dela, e não a conversa. Até porque ela era candidata a um emprego na contabilidade, e não de relações públicas.
Contratei-a na hora.
Num processo clássico de seleção, ela não passaria da primeira etapa.

ISTO É - Há um script estabelecido?

Shinyashiki -- Sim. Quer ver uma pergunta estúpida feita por um presidente de multinacional no programa 'O Aprendiz'?
- Qual é seu defeito?
Todos respondem que o defeito é não pensar na vida pessoal:
- Eu mergulho de cabeça na empresa. Preciso aprender a relaxar.
É exatamente o que o Chefe quer escutar.
Por que você acha que nunca alguém respondeu ser desorganizado ou esquecido?
É contratado quem é bom em conversar, em fingir.
Da mesma forma, na maioria das vezes, são promovidos aqueles que fazem o jogo do poder.
O vice-presidente de uma as maiores empresas do planeta me disse:
'Sabe, Roberto, ninguém chega à vice-presidência sem mentir'.
Isso significa que quem fala a verdade não chega a diretor!

ISTO É - Temos um modelo de gestão que premia pessoas mal preparadas?

Shinyashiki -Ele cria pessoas arrogantes, que não têm a humildade de se preparar, que não têm capacidade de ler um livro até o fim e não se preocupam com o conhecimento.
Muitas equipes precisam de motivação, mas o maior problema no Brasil é competência.
Cuidado com os burros motivados.
Há muita gente motivada fazendo besteira.
Não adianta você assumir uma função, para a qual não está preparado.
Fui cirurgião e me orgulho de nunca um paciente ter morrido na minha mão.
Mas tenho a humildade de reconhecer que isso nunca aconteceu graças a meus chefes, que foram sábios em não me dar um caso, para o qual eu não estava preparado.
Hoje, o garoto sai da faculdade achando que sabe fazer uma neurocirurgia.
O Brasil se tornou incompetente e não acordou para isso.

ISTO É - Está sobrando auto-estima?

Shinyashiki - Falta às pessoas a verdadeira auto-estima.

Se eu preciso que os outros digam que sou o melhor, minha auto-estima está baixa.
Antes, o ter conseguia substituir o ser.
O cara mal-educado dava uma gorjeta alta para conquistar o respeito do garçom.
Hoje, como as pessoas não conseguem nem ser, nem ter, o objetivo de vida se tornou parecer.
As pessoas parecem que sabem, parece que fazem, parece que acreditam.
E poucos são humildes para confessar que não sabem..
Há muitas mulheres solitárias no Brasil, que preferem dizer que é melhor assim.
Embora a auto-estima esteja baixa, fazem pose de que está tudo bem.

ISTO É -Por que nos deixamos levar por essa necessidade de sermos perfeitos em tudo e de valorizar a aparência?

Shinyashiki -Isso vem do vazio que sentimos.
A gente continua valorizando os heróis.
Quem vai salvar o Brasil? O Lula.
Quem vai salvar o time? O técnico.
Quem vai salvar meu casamento? O terapeuta.
O problema é que eles não vão salvar nada!
Tive um professor de filosofia que dizia:
'Quando você quiser entender a essência do ser
humano, imagine a rainha Elizabeth com uma crise de diarréia durante um jantar no Palácio de Buckingham'. Pode parecer incrível, mas a rainha Elizabeth também tem diarréia.
Ela certamente já teve dor de dente, já chorou de tristeza, já fez coisas que não deram certo.
A gente tem de parar de procurar super-heróis, porque se o super-herói não segura a onda, todo mundo o considera um fracassado.

ISTO É - O conceito muda quando a expectativa não se comprova?

Shinyashiki - Exatamente. A gente não é super-herói nem superfracassado.
A gente acerta, erra, tem dias de alegria e dias de tristeza.
Não há nada de errado nisso.
Hoje, as pessoas estão questionando o Lula, em parte porque acreditavam que ele fosse mudar suas vidas e se decepcionaram.
A crise será positiva se elas entenderem que a responsabilidade pela própria vida é delas.

ISTO É - Muitas pessoas acham que é fácil para o Roberto Shinyashiki dizer essas coisas, já que ele é bem-sucedido. O senhor tem defeitos?

Shinyashiki -Tenho minhas angústias e inseguranças. Mas aceitá-las faz minha vida fluir facilmente.
Há várias coisas que eu queria e não consegui.
Jogar na Seleção Brasileira, tocar nos Beatles (risos). Meu filho mais velho nasceu com uma doença cerebral e hoje tem 25 anos.
Com uma criança especial, eu aprendi que, ou eu a amo do jeito que ela é, ou vou massacrá-la o resto da vida para ser o filho que eu gostaria que fosse.
Quando olho para trás, vejo que 60% das coisas que fiz deram certo.
O resto foram apostas e erros.
Dia desses apostei na edição de um livro, que não deu certo.
Um amigão me perguntou:
'Quem decidiu publicar esse livro?'
Eu respondi que tinha sido eu. O erro foi meu. Não preciso mentir.

ISTO É - Como as pessoas podem se livrar dessa tirania da aparência?

Shinyashiki - O primeiro passo é pensar nas coisas que fazem as pessoas cederem a essa tirania e tentar evitá-las.
São três fraquezas:
A primeira é precisar de aplauso, a segunda é precisar se sentir amada e a terceira é buscar segurança.
Os Beatles foram recusados por gravadoras e nem por isso desistiram.
Hoje, o erro das escolas de música é definir o estilo do aluno.
Elas ensinam a tocar como o Steve Vai, o B. B. King ou o Keith Richards.
Os MBAs têm o mesmo problema: ensinam os alunos a serem covers do Bill Gates.
O que as escolas deveriam fazer é ajudar o aluno a desenvolver suas próprias potencialidades.

ISTO É - Muitas pessoas têm buscado sonhos que não são seus?

Shinyashiki - A sociedade quer definir o que é certo. São quatro loucuras da sociedade...
A primeira é instituir que todos têm de ter sucesso, como se eles não tivessem significados individuais.
A segunda loucura é:
Você tem de estar feliz todos os dias.
A terceira é:
Você tem que comprar tudo o que puder. O resultado é esse consumismo absurdo.
Por fim, a quarta loucura:
Você tem de fazer as coisas do jeito certo.
Jeito certo não existe.
Não há um caminho único para se fazer as coisas.
As metas são interessantes para o sucesso, mas não para a felicidade.
Felicidade não é uma meta, mas um estado de espírito.
Tem gente que diz que não será feliz, enquanto não casar, enquanto outros se dizem infelizes justamente por causa do casamento.
Você pode ser feliz tomando sorvete, ficando em casa com a família ou com amigos verdadeiros, levando os filhos para brincar ou indo à praia ou ao cinema..
Quando era recém-formado em São Paulo, trabalhei em um hospital de pacientes terminais.
Todos os dias morriam nove ou dez pacientes.
Eu sempre procurei conversar com eles na hora da morte.
A maior parte pega o médico pela camisa e diz:
'Doutor, não me deixe morrer. Eu me sacrifiquei à vida inteira, agora eu quero aproveitá-la e ser feliz'.
Eu sentia uma dor enorme por não poder fazer nada. Ali eu aprendi que a felicidade é feita de coisas pequenas.
Ninguém na hora da morte diz se arrepender por não ter aplicado o dinheiro em imóveis ou ações, mas sim de ter esperado muito tempo ou perdido várias oportunidades para aproveitar a vida.

quarta-feira, abril 07, 2010

amiga que é amiga diz: não pise aí...isso faz você chorar!

terça-feira, abril 06, 2010

Como redigir textos na web


A internet continua a ser um nicho de mercado para os que produzem obras sobre como redigir textos na web.
De acordo com Steve Outing, em seu artigo “Como escrever bem no estilo da web” há uma defasagem no estilo de livros que tratam do conteúdo na internet.
Um dos poucos nomes que escreve sobre conteúdo na internet é Crawford Killian, autor de “Escrevendo para a Web”.Em seu livro, Crawford explica porque a escrita para a web deve ser diferente, além de oferecer dicas sobre o assunto.
Segundo Killian, aqui estão algumas dicas que ajudam e muito quando o assunto é escrever para a Web:

_ Seja sucinto e preciso: Isso significa que o conteúdo para a web deve ser objetivo e direto, para que o leitor ganhe agilidade.

_ Mantenha os parágrafos e sentenças curtos: Parágrafos menores facilitam a leitura.Mas Steve Outing recomenda cuidados para que o texto não se torne simplório demais.

_ Reduza floreios: Redija um texto e em seguida, leia-o novamente procurando filtra-lo.Retire o excesso de palavras.Isto facilita a leitura e o entendimento do leitor.

_ Use verbos fortes no lugar de fracos: Escreva “usar” em lugar de “fazer uso de”.Essa forma dá mais vigor ao texto e ocupa menos espaço.

_Use voz ativa: Já que brevidade é crucial, a voz ativa tem forma direta e utiliza menos palavras.

_ Atenção no uso de metáforas elaboradas: As metáforas segundo Crawford killian, confundem o leitor.

_ Escreva e edite tendo em mente leitores internacionais: Escreva de forma que qualquer leitor em qualquer parte do mundo possa entender.Pense antes de empregar palavras características.

_ Imprima o texto para corrigi-lo: A impressão permite uma melhor leitura e facilita uma revisão final.Segundo Killian, a leitura em voz alta ajuda a descobrir frases que soam mal.
Segundo Crawford Killian, esta dicas facilitam tanto a vida de quem escreve, como a de quem navega na WEB.

Como criar um site na NET


Para montar páginas na internet é necessário um editor (programa de desenvolvimento de sites), a própria internet oferece editores gratuitos. Existe também a possibilidade de criar páginas usando editores de texto simples, como o bloco de notas do windows ou o do Word.O sitehpg.ig.com.br é possível criar sites sem saber programação ou linguagens (oferece modelos prontos).
Existem produtos como o Microsoft FrontPage ou o NVU, que oferece ao usuário a oportunidade de criar sites simples como se editasse um documento de texto.Para isso é preciso ter conhecimentos básicos de programação, comandos html e linguagem.
Quanto à hospedagem, pode ser gratuita ou paga.Os serviços pagos normalmente são mensais, valor que varia de acordo com a visitação que seu o Website terá.Para isso existem diversos provedores que oferecem várias formas de locação e recursos variados.
Já para registrar um domínio na internet é necessário acessar o site da FAPESP.Será criado um cadastro, que será enviado para o e-mail do solicitante contendo uma identificação (ID).Através de seu ID você acessa a página de registro e entra na parte que lida com registro de domínio e verifica se o nome escolhido está disponível.
Feito isto o usuário preenche novo cadastro.A partir de então é necessário contar com o suporte técnico de um provedor ou consultor.Para registrar o domínio é necessário pagar uma taxa naFAPESP e nos provedores, que podem variar de acordo com o serviço prestado.
Na internet é possível encontrar modelos ou websites prontos, basta utilizar alguma ferramenta de busca, como o Google, Webfind, Gigabusca etc.
Imagem ilustração:http://www.uarte.rcts.pt/imagens/pic.ferramentas.jpg

Lição de vida


Um exemplo de solidariedade e ajuda ao próximo. A Casa de Apoio Célia Janotti dá apoio a pessoas do interior de Minas que vêm a Belo Horizonte para tratar de câncer.
Criada há oito anos pelo Hospital Mário Penna, a Casa de Apoio presta assistência médica, hospitalar e orientação contínua a portadores de câncer e aos seus familiares. A instituição tem cinqüenta e quatro leitos para adultos e crianças. Dos vinte leitos reservados para crianças, a metade é destinada aos acompanhantes, que recebem a assistência da entidade.
Em todas as etapas do tratamento, os pacientes recebem acompanhamento de psicólogos, nutricionistas, pedagogos, além de práticas de recreação. A Casa de Apoio Célia Janotti tem ajuda da Fundação Mário Penna, de voluntários e da Pastoral da Saúde.
A Casa atende somente pessoas do interior do estado. Os interessados devem procurar a Secretaria de Saúde da sua cidade e pedir que o município entre em contato com o Hospital Mário Penna.
Os pacientes contam ainda com uma brinquedoteca, que auxilia no tratamento, diminuindo um pouco da dor e sofrimento das crianças.
O telefone da Casa de Apoio Célia Janotti é (31) 3467-4347. A instituição funciona vinte e quatro horas por dia.
Foto:http://www.nupalinveste.com/artman/uploads/solidariedade.jpg

Ônibus 174


Na construção do documentário, José Padilha produziu a trama da forma “texto sobre o texto”. Ele reuniu fragmentos de imagens que foram gravadas no dia do seqüestro pela TV Bandeirantes, TVGlobo e Rede Record. Utilizou entrevistas com personagens que estavam ligados ao fato, além de proporcionar ao telespectador uma breve narrativa sobre o ocorrido e a vida do seqüestrador Sandro do Nascimento.
O filme permite ao telespectador entender o episódio por meio de uma narrativa cronológica do fato, intercalada com depoimentos de especialistas e de pessoas ligadas ao acontecido e ao próprio seqüestrador. O documentário retrata duas histórias ao mesmo tempo: a da trajetória da vida de Sandro do Nascimento e a outra a partir de imagens intercaladas que constroem um diálogo e apontam para possíveis causas geradoras da violência no Brasil.
O filme Ônibus 174, ao mesmo tempo em que constrói, ele recria o contexto social. Imagens aéreas do Rio de Janeiro, os morros, favelas, mansões, condomínios de luxo, o ambiente onde Sandro passou sua infância e adolescência, seus amigos e parentes... Ônibus 174 poderia ter se baseado simplesmente no fato ocorrido - o do assaltante que toma de refém um ônibus com alguns passageiros. Mas o autor decidiu contar a história através da vida de Sandro do Nascimento. Como pano de fundo, José Padilha utiliza documentos da polícia, trechos de depoimentos de pessoas ligadas ao seqüestrador e até os próprios reféns.
E vai além: mostra o perigo em que a sociedade está exposta num país de poucas oportunidades e de situações de desigualdade social extremas. O documentário nos mostra que Sandro Nascimento é o típico caso de “cidadão” que vive à margem da sociedade: drogado, violento, favelado, negro e criminoso.
É nesse ambiente que o autor conduz o filme e descreve a vida de Sandro do Nascimento. E, sobretudo, explica a relação do infrator com a cidade do Rio de Janeiro, com seus amigos, a polícia, com as instituições para menores infratores e prisões. Sobre esse contexto se torna possível entender quem é o seqüestrador e porque ele faz e fala coisas de modo tão particular.
Apesar da espetacularização feita pelos meios televisivos, a mídia conseguiu exercer a função de vigilância, se postando como “vigia” do exercício do poder. Segundo Mayra Gomes, em seu livro “Jornalismo e ciência da linguagem”, “é a partir do papel da vigilância que o jornalismo é pensado como um quarto poder, exercido paralelamente pela vigilância sobre os três outros que constituem o Estado de Direito”. As imagens, que foram divulgadas ao vivo pelas TVs, revelaram um jornalismo não apenas vigilante, mas revestido de um sensacionalismo exacerbado – um espetáculo que, de certa forma, inibiu a ação da polícia, que teve várias oportunidades para dar um desfecho mais favorável ao incidente. Mas como atirar num bandido enquanto milhões de pessoas estavam diante de seus televisores? No caso do Ônibus 174, a mídia exerceu o seu papel de informar, mas expôs cenas fortíssimas à sociedade, que exorbitaram as funções de comunicação e vigilância.
A ação falha da polícia abre uma série de discussões. Não nos cabe aqui questioná-la. Mas o papel da mídia e a forma como as informações foram levadas aos receptores também devem ser repensadas. Afinal, se o jornalismo se põe como um “quarto poder” deve, assim como os poderes instituídos pelo Estado, coibir os seus próprios abusos.

desfile OLD BOLSAS


Enrico Marques, designer, Oldair Belassini, Flavinha Nolasco, designer, em recente desfile da OLD Bolsas

Inverno 2010 - OLD BOLSAS

segunda-feira, junho 05, 2006

ONDE ESTÃO NOSSAS PERSPECTIVAS?


O papel da universidade é educar e colocar em prática a democracia, em um espaço em que os indivíduos aprendam a compreender o mundo, a serem tolerantes diante das adversidades e, sobretudo, um lugar propício para as características essenciais do exercício de uma cidadania plena.

Hoje o ensino superior tem como responsabilidade o exercício de produzir e exercer um lado crítico nas mais diferentes áreas do saber. Uma vez que a universidade pública tem contribuído para o desenvolvimento do país, dando formação pessoal e gerando conhecimento, cabe a ela fazer isto com mais engajamento e precisão.

No Brasil, um dos principais propósitos da criação da universidade é para com o compromisso de oferecer uma educação pública e ,acima de tudo, com qualidade excepcional, para que seus alunos possam ter conhecimento suficiente para se posicionarem diante do mercado.

Aumentar o número de matrículas no ensino superior público é questão emergencial e importante para o desenvolvimento do país. Uma vez que a universidade se distingue de outros tipos de instituições, por promover a interação entre os estudantes propiciando meios para que os alunos interajam através de suas habilidades com o objetivo de entender e agir sobre a realidade do meio em que os cerca.

No Brasil, a universidade vem perdendo seu foco. A cada ano ela vem deixando de ser um lugar acadêmico, gerador de conhecimento. Aos poucos vai se tornando um nicho de mercado capaz de gerar dinheiro, muito dinheiro. Para Leonardo Passos, estudante do curso de Sistema de Informação da PUC, Campus São Gabriel, nem sempre as altas mensalidades dos cursos oferecidos por tais instituições são garantia de qualidade no ensino oferecido. Para outros, o que vale é ter um diploma. Esse é o caso de Roberto Prates, aluno do curso de Tecnólogo em Gestão de Recursos Humanos. Para ele, ter um curso superior é apenas uma precaução para se manter no seu emprego. Quando questionado sobre o conhecimento adquirido durante a sua formação, ele afirma que isso não tem muita importância.
Já para o advogado Rodrigo Moreira, a universidade não pode e não deve se esquecer que seu espaço é o de uma instituição social e acadêmica, que tem como desafio incentivar a pesquisa e a crítica de seus alunos. Para a estudante de direito Angélica Soares, o principal responsável pelo sucateamento das universidades brasileiras é o próprio governo, já que ele não investe o suficiente para mantê-las em boas condições de funcionamento. De acordo com ela, principalmente no Brasil, onde estamos em constantes mudanças, tanto no aspecto social, cultural quanto no econômico, o sucateamento do ensino é ainda mais visível em relação à outros países.
Reportagem: Luciano Leão
foto ilustração:cazulo.weblogger.com.br/ img/baby.jpg

terça-feira, maio 30, 2006

Aleitamento materno

A falta de doadoras põe em risco o funcionamento do Banco de Leite da Maternidade Odete Valadares, em Belo Horizonte. A queda nas doações vem assustando os diretores do Banco de Leite.Prestes há completar 20 anos em outubro e sendo referência em Minas Gerais, o banco estocava 325 litros de leite em abril passado. Já no mês de maio teve forte queda no número de doações. Por algum motivo as mães que podem doar o seu leite, não estão comparecendo as dependências do Bando de Leite da Maternidade. Até os seis meses de vida, o leite materno deve ser a alimentação exclusiva para os bebês. Ele contribui para desenvolver a inteligência e reduz os riscos de infecções e de doenças gastrointestinais e respiratórias. Para a dona de casa Ana Paula Rossi, o Banco de Leite é de extrema importância, já que algumas mães por algum motivo não podem amamentar seus filhos. A Maternidade Odete Valadares, oferece as gestantes o serviço de orientaçãosobre importância do aleitamento e os cuidados que as mães e gestante devem ter com as mamas. O banco também promove treinamento e suporte técnico com relação à montagem do serviço em instituições de saúde. O Banco de Leite disponibiliza ainda o serviço de recolhimento domiciliar. O Banco de Leite funciona diariamente das 7h às 19h, já o atendimento externo é feito de segunda a sexta das 8h às 17h.
Reportagem: Luciano Leão
foto ilustração:www.unimeds.com.br/ SITES/30/imagens/celiaca_g.jpg

terça-feira, maio 23, 2006

Cidadania X Humanização


ESTADO E ONG FIRMAM PARCERIA PARA LEVAR INCLUSÃO PRODUTIVA PARA CERCA DE 120 INTERNOS PORTADORES DE TRANSTORNO MENTAL DO INSTITUTO RAUL SOARES, EM BELO HORIZONTE.

Um projeto experimental vai garantir melhorias no atendimento a portadores de transtorno mental do Instituto Raul Soares, especializado em atendimento psiquiátrico de urgência. A parceria firmada entre a Fhemig (Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais) e a ONG Ata Cidadania traz propostas que visam melhorar qualidade de vida dos portadores de transtorno mental, além de contribuir para o fim do preconceito a que estão expostos.

O objetivo principal do projeto é levar os pacientes à inclusão produtiva.
No projeto estão envolvidos terapeutas, estagiários e voluntários, grande parte estudantes de psicologia.
Outro foco da parceria é promover a humanização da instituição e a construção da cidadania dos usuários com uma aposta na sua autonomia produtiva nos projetos.
Reportagem: Luciano Leão
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