
A guerra civil em Angola teve início em 1975 entre as forças do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e o Partido da União Nacional para Independência Total de Angola (UNITA), que para manter a guerrilha usava os lucros obtidos com a exploração de diamantes para contratar mercenários.
Idamaris Félix, jornalista enviada a Angola pelo Jornal Estado de Minas para cobrir a guerra civil, fez o seguinte relato durante entrevista coletiva aos alunos do curso de jornalismo da Faculdade Estácio de Sá de Belo Horizonte, no Campus Prado: “As noites eram repletas de bombardeios, nos acampamentos as condições de higiene eram mínimas e, além disso, o fato de estar entre as poucas mulheres em meio a milhares de soldados, foi o ponto crucial para que eu me empenhasse ainda mais no serviço a mim conferido”.
Segundo ela, os horrores causados pela destruição, as minas terrestres que explodiam a todo o momento e o risco à que estavam expostos diariamente era imprescindível se despir do sentimento de medo, para cumprir o papel de jornalista.
Idamaris se orgulha do tempo que passou em Angola, pois, de acordo com ela, só mesmo quem vive uma guerra tem a oportunidade de ver de perto o que o ser humano é capaz de fazer com seu próximo.
Ela revelou a tristeza, a decepção e, ao mesmo tempo o sentimento de vitória por estar ali vendo e principalmente disseminando pelo mundo através do jornalismo, as verdades escondidas e vivenciadas por poucos, senão aqueles que ali estão esquecidos e subjugados pela ganância de outros.
Hoje em Angola, o movimento que agitou o país, com seus ataques rebeldes, durante quase 27 anos virou partido político. Idamaris Félix lembra ainda que, quando se somam forças é possível a promoção da paz e, em Angola foram 35 países envolvidos. Dentre eles o Brasil.
foto:http://www.acnur.org/revistas/117/imagenes/foto7.jpg
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